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Policial militar foi afastado por indisciplina
Publicado em 23/08/2021 – 13:27 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil – São Paulo
O governador de São Paulo, João Doria, anunciou hoje (23) o afastamento do coronel Aleksander Lacerda do comando de um batalhão da Polícia Militar no interior do estado, após ele ter convocado manifestações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) pelas redes sociais.
O afastamento foi motivado por indisciplina, segundo o governador. “Em São Paulo não teremos manifestações de policiais da ativa de ordem política”, disse Doria, que em entrevista coletiva informou que conversou sobre o assunto na manhã de hoje (23) com o secretário de Segurança Pública, João Camilo Pires de Campos.
Pelo regulamento da corporação, policiais da ativa são proibidos de realizar manifestações políticas. “Aos militares do estado da ativa são proibidas manifestações coletivas sobre atos de superiores, de caráter reivindicatório e de cunho político-partidário, sujeitando-se as manifestações de caráter individual aos preceitos deste Regulamento”,
determina o regulamento disciplinar da Polícia Militar de São Paulo.
Nas redes sociais, o comandante incitou militares a participarem das manifestações de 7 de setembro, favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro. Ele também atacou o Supremo Tribunal Federal, principalmente o ministro Alexandre de Moraes.
Na semana passada, o
presidente apresentou um pedido de impeachment de Moraes. Em nota, o Supremo disse que o “Estado Democrático de Direito não tolera que um magistrado seja acusado por suas decisões”.
Após a repercussão de suas manifestações, o coronel fechou sua rede social apenas para amigos.
No fim do dia, o Instituto Sou da Paz divulgou nota em que manifesta preocupação com a participação de policiais da ativa em atos políticos. “O Instituto Sou da Paz defende, como sempre fez, uma polícia técnica, profissional, valorizada e democrática, orientada para a proteção da comunidade, para a prevenção da violência e o controle do crime. A politização das polícias e de seus quadros, especialmente em posição de comando, fragiliza a corporação e compromete o exercício de suas missões constitucionais”, destaca o texto.
Matéria ampliada às 18h49 para acréscimo da manifestação do Instituto Sou da Paz
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