Pesquisas apontam que saúde mental de jovens e adolescentes piorou durante a pandemia
1 de outubro de 2021Uso frequente de internet tem feito com que adolescentes questionem seus corpos e posições sociais
Crédito: iStock
O uso de internet e redes sociais por jovens aumentou consideravelmente durante a pandemia. Sem muitas opções para interação e lazer, adolescentes entre 13 e 17 anos passaram a ficar mais tempo online e, consequentemente, foram afetados por esse ambiente.
Além da mudança na rotina, suas percepções sobre corpo e mente também mudaram. Dados da pesquisa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelaram que, após o período de isolamento, quase 30% das meninas entrevistadas responderam que suas vidas não compensam e que mais de 40% têm problemas em aceitar seus corpos.
Os dados preocupam, porque, além de muito novas, essas jovens estão sofrendo por estarem comparando suas vidas com a dos outros.
Além dos resultados expostos, as pesquisas indicam que existe uma necessidade urgente de que pais e educadores busquem conversar e conscientizar jovens sobre sua realidade e os locais que eles ocupam.
Questões referentes à personalidade são comuns nessa idade, mas, como todo problema, elas devem ser acompanhadas, para que não se tornem problemas, como vimos que vêm se tornando.
A melhor opção para auxiliá-las a lidar melhor com essa situação é estimular práticas mais saudáveis para seu corpo e sua mente. É válido incentivar que acompanhamento psicológico e nutricional sejam feitos regularmente.
Muitas pessoas dizem que não buscam profissionais por questões financeiras, mas é importante ressaltar que alunos e alunas da faculdade de nutrição e psicologia atendem nas universidades gratuitamente.
Além de todo o apoio e o suporte necessários, existem meios e profissionais aptos a auxiliar no cuidado e dispostos a ser aliados na baixa desses índices.
Além das medidas pessoais, como citamos, é importante que haja diálogo. Aos responsáveis, é importante que discutam o que e como seus filhos têm consumido conteúdo online.
A internet é gigante e existem grupos de apoio a esse tipo de situação. Converse com seus filhos, com outros pais, com profissionais; busque criar uma rede de apoio e não deixe de falar sobre os efeitos desse “vício online”.
Também é importante que professores e tutores explorem o assunto, a fim de informar e de estimular que o jovem se enxergue de maneira mais positiva.
Nesse momento, a prioridade é devolver ao jovem a confiança e impedir que fatores externos o influenciem tanto.
No caso das meninas, questões sobre seus corpos, limites e todo o assunto que diz respeito à sua idade devem ser conversados.
A abordagem de temas sociais também auxilia, para que o jovem entenda sua posição e respeite a de todos.
Como é sabido, melhor do que remediar, é prevenir que esses números cresçam ainda mais.
Em suma, é primordial que os jovens sejam observados e sintam-se ouvidos, acolhidos e compreendidos.
Suas vidas são valiosas, e prestar atenção nelas pode fazer toda a diferença.
Luisa PereiraLink Builder(11) 948692572