Business plan para MEI, pequenos e médios empresários: saiba porque o plano é fundamental mesmo para empresas menores e autônomos
17 de fevereiro de 2022Com a pandemia causada pela disseminação da Covid-19, o Brasil passou por uma explosão de aberturas de pequenos negócios e de entrada de trabalhadores autônomos no mercado de trabalho, na tentativa de contornar a crise econômica que se instaurou no país.
Só no segundo semestre de 2021, o número de micro e pequenas empresas cresceu mais de 20% em relação ao ano de 2020 e o mercado nacional ultrapassou a casa dos 18 milhões de iniciativas privadas em funcionamento.
Mas, neste setor da economia brasileira, nem tudo são flores. Com um mercado cada vez mais competitivo e superlotado, cerca de 500 mil empreendedores perderam seus negócios ao longo do ano passado.
Dentre muitos outros fatores que possivelmente motivaram este fenômeno, a falta de um business plan consolidado ganha destaque.
Um business plan corresponde a uma espécie de mapa que reúne várias características importantes para se considerar antes de tirar uma empresa do papel.
Com ele, fica mais fácil saber como funciona o mercado e identificar aspectos essenciais como: quem são seus concorrentes, quais são as melhores estratégias para lidar com eles e quais são os possíveis ganhos e perdas da empresa.
Fazer um business plan exige estudo e experiências de mercado, mas alguns pontos padronizados podem contribuir para a realização desta tarefa por MEIs, pequenos e médios empresários.
Definição do sumário executivo
A inclusão de uma lista de assuntos tratados ao longo do plano é fundamental, tanto para dar início à organização quanto para o pós-kickoff, quando o business plan pode servir de fonte para investidores interessados em aportar a empresa. De forma parecida com o que costuma acontecer com os livros, a continuidade da leitura depende de um sumário atrativo, objetivo, sucinto e muito bem ordenado.
É importante ter em vista que muitos investidores experientes já imaginam o que vão encontrar pela frente só por passar os olhos pelo sumário, por isso, fazer versões personalizadas pode contribuir para atrair diferentes tipos de possíveis parceiros.
Estabelecimento do formato de análise do mercado
A análise de mercado permite que o empreendedor compreenda a dinâmica do nicho em que atuará e deve ser realizada com frequência para que a empresa esteja alinhada às tendências do setor.
Este tipo de estudo pode ser realizado de acordo com dezenas de metodologias analíticas como SWOT, Matriz BCG e Benchmarking, mas seja qual for o método escolhido, o importante é manter em mente os segmentos a serem analisados: clientes, concorrentes, fornecedores e possíveis stakeholders.
É preciso também conhecer o contexto político-econômico em âmbito regional e nacional, para que impactos de políticas públicas, como a variação da taxa selic, possam ser superados ou aproveitados da melhor forma possível.
Conhecimento sobre a concorrência e fornecedores
Nesse caso, vale a pena verificar quais são as estratégias utilizadas e como se diferenciar, proporcionando algo ainda não explorado.
Diversos aspectos devem ser observados, como a precificação de produtos, a infraestrutura de estabelecimentos e a qualidade de serviços prestados. Visitar sites, blogs, redes sociais e aplicativos faz parte do processo, assim como simulações de compras, a fim de constatar eventuais falhas ou lacunas em determinadas etapas.
O objetivo desta seção do business plan é conhecer contra quem você vai competir e quais são os pontos fortes e as fraquezas deles. Nesse tópico, a estratégia que mais tem sido utilizada é o benchmarking, de forma que o próprio empreendedor se apresente aos concorrentes e entenda suas dinâmicas internas.
O relacionamento harmônico com fornecedores tem sua parcela de participação no sucesso de qualquer empreendimento. Por isso, um bom business plan deve conter uma lista com os possíveis melhores parceiros de negócio que ofereçam comprometimento com prazos de entregas, suporte ágil e com boa comunicação, e preços acessíveis.
Além destes pontos padrões, um business plan de qualidade também costuma incluir gestão de finanças e planejamento de marketing, de acordo com o tamanho da empresa e as expectativas dos donos.
Entender previamente se um negócio é viável ou se ele pode ser inativado por fenômenos como as novas ondas de covid-19 é essencial para manutenção da saúde financeira dos mais de 19 milhões de empreendedores do Brasil.
E para organizar todo este conteúdo de forma facilitada, o ramo administrativo lançou uma metodologia inovadora que tem ganhado destaque, o chamado Business Model Canvas, um painel único, que divide as áreas de uma empresa em nove blocos voltados à segmentação de clientes, parcerias, recursos necessários etc.
Com o Canvas, o empreendedor passa a ter uma visualização panorâmica dos pontos que terá de gerir ao longo de sua jornada de trabalho que, sem dúvida, vai exigir organização, perseverança e planejamento.
Fonte da pauta: Blog Cartão de TODOS
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Milena AlmeidaAssessora de Imprensa11 5186 9555www.gotcha.com.br |