MS mostra evolução no último dia do Festival Sesi de Robótica Off-Season no RJ

MS mostra evolução no último dia do Festival Sesi de Robótica Off-Season no RJ

7 de agosto de 2023 0 Por Marco Murilo de Oliveira

As equipes da Rede Sesi de Educação em Mato Grosso do Sul surpreenderam no terceiro e último dia do Festival Sesi de Robótica Off-Season, disputado no Rio de Janeiro (RJ), neste sábado (05/08). O pódio esteve perto de ser alcançado nas três modalidades em que os times sul-mato-grossenses competiram. Se por um lado os troféus não vieram, por outro os resultados indicam uma clara evolução do nível técnico das equipes.

Para o superintendente regional do Sesi, Régis Borges, a participação de cinco times de Mato Grosso do Sul em um torneio de expressão nacional revela o comprometimento de alunos, professores e equipe pedagógica com os valores propostos pela robótica educacional.

“Essa participação no festival vem coroar um trabalho consolidado ao longo dos anos pelo Sesi na robótica educacional, que demonstra à sociedade sul-mato-grossense como a nossa rede trabalha com a formação de competências e habilidades dos nossos jovens. Buscamos formar pessoas com capacidade de realização para atuar nas indústrias e no mercado de trabalho em geral”, disse o superintendente.

Foto: Divulgação

Confira como foi o último dia de disputas para as equipes sul-mato-grossenses no Festival Sesi de Robótica Off-Season 2023:

F1 in Schools

A BR Racing protagonizou um confronto eletrizante com a Nimble, de Rondônia, logo na abertura do mata-mata. Apesar de ter queimado a largada na primeira bateria, a escuderia douradense buscou a recuperação na corrida seguinte e eliminou os rondonienses por um centésimo de segundo. Isso é dez vezes mais rápido do que o tempo de um piscar de olhos.

“Foi desesperador, porque na primeira bateria nós queimamos a largada, e na hora me segurei para não chorar nem desistir. Por milésimos a gente conseguiu, foi algo sensacional, um misto de emoções, agora posso chorar”, desabafou o piloto Diego Miguel depois da prova.

Já nas oitavas de final, o time de Dourados surpreendeu nas duas baterias ao correr à frente da maranhense Ragnar, que havia sido a terceira mais rápida da fase classificatória. No entanto, o carrinho sul-mato-grossense recebeu penalidades por não atender a critérios técnicos e teve décimos de segundo adicionados ao seu tempo total, o que causou sua eliminação da competição.

A Peregrine Race também fez bonito no mata-mata, mas não conseguiu superar a tradicional CPX Racing, do Espírito Santo. A derrota não abalou o espírito da escuderia de Campo Grande, na avaliação do engenheiro de manufatura Bruno Oliver Rosendo da Silva.

“Não me importo muito em derrotas, a derrota de hoje é a vitória de amanhã. Agora é simplesmente pensar no próximo torneio, e já chegar com tudo. Essa competição é massa demais!”, concluiu o aluno.

No encerramento do torneio, as meninas da Peregrine Race receberam indicação dos juízes ao prêmio de Melhor Desempenho Feminino na F1 in Schools. A equipe é composta por quatro integrantes meninas e dois meninos.

“É muito incrível esse reconhecimento, e mostra que somos capazes de grandes conquistas. Somos duas meninas à frente do empreendimento, uma como chefe de engenharia e outra como gestora de projetos”, detalha Sophia Gonçalves Lima.

FIRST Tech Challenge (FTC)

Sensação do segundo dia de disputas, a Tupitech estava a uma vitória para alcançar a semifinal neste sábado, terceiro e último dia do festival. Só que a vaga escapou por conta de interferências de conexão que prejudicaram o desempenho do robô na arena. Sem os pontos necessários para avançar, restou o consolo pelo 11º lugar, que representa uma expressiva evolução da equipe corumbaense na modalidade – no último nacional, em março passado, a Tupitech ficou na 30ª posição.

“Gostei bastante da evolução que tivemos, foi notável. Particularmente, não gostei do último resultado, pois estávamos em quarto lugar e poderíamos avançar, mas houve interferência na conexão do robô. Falhas técnicas são coisas que acontecem durante o torneio, agora é só ajudar a equipe para que isso não volte a ocorrer”, disse o piloto Luiz Miguel Penteado Ferreira.

A Tera Robotics também sofreu com problemas técnicos no segundo dia, o que comprometeu suas chances de classificação. O time três-lagoense terminou o festival em 24º lugar. Mas os integrantes da equipe vão levar na bagagem muito mais experiência, como conta o piloto Patrick Piai.

“Apesar de não termos uma boa pontuação na arena, estamos muito felizes com a conexão que fizemos com as outras equipes. Esse é o primeiro torneio em que a gente consegue conversar com todas as equipes, e trocamos bastantes ideias”, disse.

FIRST Robotics Competition (FRC)

Superação é a palavra que melhor define a TechVikings neste sábado. Depois de sofrer com vários incidentes no dia anterior que prejudicaram sua pontuação, a equipe de Naviraí foi escolhida para integrar uma das oito alianças da fase eliminatória, no sábado. A derrota logo na primeira rodada não desanimou o time, que se recuperou na repescagem e engatou duas vitórias seguidas. Quando faltavam apenas outras duas vitórias para chegar à tão sonhada final, a aliança foi derrotada.

Como resultado final, a TechVikings terminou em 17º lugar dentre 30 participantes, com retrospecto de seis vitórias e dez derrotas. Além disso, o time foi o sexto na classificação de poder ofensivo, que indica a contribuição média de pontos de uma equipe para uma aliança.

Ao deixarem a arena, os integrantes da TechVikings trocaram as lágrimas pela vibração com o resultado alcançado.

“A gente está se sentindo realizado, podendo dar orgulho para nossa escola e todos que acreditaram na gente. A gente estava chateado achando que ia perder, mas graças a Deus demos a volta por cima e conseguimos chegar onde queria. O lema da nossa equipe é ‘nunca desistir'”, contou o aluno José Gabriel Siqueira Braga.

O resultado ainda teve um sabor especial, já que a maioria dos integrantes da TechVikings na atual temporada é novata. Apenas dois eram veteranos. Na visão do técnico Fernando Luiz Gonçalves, o saldo do torneio é positivo e mostra que a equipe está no caminho certo.

“Ficamos muito felizes porque conseguimos realizar na arena aquilo que treinamos, e tudo o que preparamos deu certo. Saímos com o sentimento de dever cumprido. Nós, técnicos, ficamos impressionados com o desempenho dos novatos, cada um na sua função fazendo seu trabalho. Quem entrou agora se encaixou muito bem”, concluiu o técnico.

Foto: Divulgação

Por FIEMS