Mauro Cid pode perder benefícios de delação por omitir informações
9 de fevereiro de 2024PF apura se ex-ajudante de ordens de Bolsonaro deixou de fornecer informações aos investigadores. Ele será convocado para prestar depoimento
Redação Terra Redação Terra
9 fev 2024 – 17h07
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O tenente-coronel Mauro Cid ao lado do então presidente Jair Bolsonaro
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), corre o risco de perder os benefícios obtidos por meio da delação premiada. Ele será convocado novamente pela Polícia Federal (PF) para fornecer informações adicionais e para preencher possíveis omissões em sua colaboração. Se for constatado que Cid deixou de fornecer dados aos investigadores, o acordo poderá ser revogado. As informações são da CNN.
A operação deflagrada pela PF nesta quinta-feira, 8, foi fundamentada na delação premiada fornecida por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Conforme documento obtido pelo Terra, Cid mencionou Filipe Martins, ex-assessor da presidência, e Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, juntamente com outros militares, em sua delação à PF. Essas diligências constituem a mais recente etapa das investigações direcionadas ao suposto “gabinete do ódio” durante o mandato de Bolsonaro.
O ex-ajudante de ordens teria identificado os militares que faziam parte do denominado “gabinete do ódio”, responsável por tentar instigar um golpe de Estado com o objetivo de impedir que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumisse a Presidência da República.
Batizada de Tempus Veritatis, a operação mira aliados militares e políticos de Bolsonaro. Entre os alvos de buscas, estão o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou que Bolsonaro entregue o passaporte em até 24 horas.
Foram presos na operação, conforme apuração do Terra, Filipe Martins (ex-assessor especial de Bolsonaro), Marcelo Câmara (coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família do ex-presidente), Rafael Martins (major das Forças Especiais do Exército) e Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, também foi preso por porte ilegal de arma.
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Fonte: Redação Terra