Ex-apresentador preso por tráfico sofre picada de aranha em cela: ‘Situação é delicada’, diz advogado

Ex-apresentador preso por tráfico sofre picada de aranha em cela: ‘Situação é delicada’, diz advogado

19 de março de 2024 Off Por diadianews

Marcelo Carrião, conhecido como ‘Vovozinho’, foi preso durante a Operação Domo de Ferro I, apontado como fornecedor de drogas

Marcela Ferreira Marcela Ferreira 

19 mar 2024 – 09h46
(atualizado às 11h07)
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Resumo
Jornalista Marcelo Carrião foi detido e hospitalizado em Santos/SP pela picada de uma aranha dentro da cela. Ele é acusado de tráfico de drogas na operação ‘Domo de Ferro I’.

Marcelo Carrião foi preso por tráfico de drogas em Santos (SP)
Foto: Reprodução

O jornalista Marcelo Carrião, preso por tráfico de drogas em Santos, no litoral de São Paulo, foi hospitalizado depois de sofrer uma picada de aranha dentro da cela do Centro de Detenção Provisória de São Vicente (CDP), onde está detido. Ele é ex-apresentador de um telejornal do SBT, e foi preso no dia 28 de fevereiro durante a Operação Domo de Ferro I.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) afirmou que foi descartada a possibilidade do detento ter sofrido uma picada de aranha, e que ele foi diagnosticado com um ferimento não especificado.
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A defesa de Carrião confirmou ao Terra nesta terça-feira, 19, que o jornalista foi picado pela aranha há cerca de 15 dias, e que foi necessário formular um pedido para que ele fosse encaminhado para atendimento médico no Pronto-Socorro do Município de São Vicente. Depois de ser medicado, ele retornou ao presídio.

“Muito embora medicado, entendo que a situação clínica dele é delicada, merecendo a devida atenção. No que se refere à amputação, só é uma preocupação da família e da defesa”, afirma Marcelo Cruz, advogado do jornalista.

Nesta segunda-feira, 18, Carrião passou pelo atendimento no PS de São Vicente, e a equipe de defesa solicitou o prontuário médico para avaliar o quadro clínico dele.

O Terra entrou em contato com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), que negou que Carrião tenha sido picado por uma aranha. Foi informado que o detento recebeu pronto atendimento por parte da direção do Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente assim que solicitado.

“Ele foi conduzido ao Pronto Socorro da cidade no início da tarde de ontem, 18, onde foi descartada a possibilidade de picada por aranha, com diagnóstico de ferimento não especificado, afastando a necessidade de procedimento cirúrgico por não haver sinais de necrose e nem edema. Logo em seguida, o reeducando recebeu alta médica para retorno à unidade prisional”, diz a SAP em nota.

A Secretaria informou também que ouve dedetização no CDP de São Vicente no dia 17 de janeiro, e que no dia 11 de março foi feito o corte do mato no entorno da unidade. “Uma nova dedetização das dependências do CDP está prevista para ser realizada no início da próxima semana”.

Prisão por tráfico de drogas

Marcelo Carrião foi preso por tráfico de drogas após ser apontado como fornecedor dos ilícitos para um grupo criminoso. Ele foi preso pela Polícia Civil durante a Operação Domo de Ferro I no dia 28 de fevereiro, em Santos.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os trabalhos de campo resultaram na prisão de sete homens, incluindo o comunicador, com idades entre 19 e 51 anos, responsáveis pelo tráfico de drogas na região com a modalidade “disk droga”.

O grupo criminoso foi encontrado após a prisão de duas mulheres, dias antes. Por meio delas, os investigadores identificaram um esquema de “disk drogas” que agia no bairro do Gonzaga, em Santos. Ao todo, a polícia cumpriu nove mandados de busca e apreensão em Santos e em São Vicente.

A polícia apreendeu mais de 4 mil porções de drogas como maconha, haxixe, skunk e LSD. Uma pistola 9 mm e vários celulares também foram recolhidos pela polícia.

Carrião seria o fornecedor de drogas da quadrilha. A Polícia Civil encontrou três estufas com plantação de maconha em uma casa na Rua Joaquim Nabuco, no bairro Vila Matias, em Santos.

Ele era conhecido pelo apelido “Vovozinho” entre os traficantes de drogas, segundo apontou a investigação.

Foi negado pelo Tribunal de Justiça o pedido de uma liminar para conceder um habeas corpus para que o jornalista fosse solto, mas ainda cabe recurso.

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Fonte: Redação Terra