Arraiá da Educação financeira: 7 dicas de como introduzir as finanças pessoais nas escolas
10 de junho de 2024Época festiva pode ser aproveitada em sala de aula para desenvolver e ampliar as noções de economia e finanças para conscientizar os jovens e adultos do futuro
Tradição tipicamente brasileira, as festas juninas costumam ser celebradas em escolas por todo o país. Com brincadeiras variadas e as típicas barraquinhas de comes e bebes, o evento reúne pais, alunos e professores em um momento de descontração e diversão. Mas por que não aproveitar o ambiente mais casual, onde costuma-se trocar as atrações por fichas compradas num caixa, e de quebra trabalhar conceitos financeiros com os jovens?
A escola tem um papel de muita importância no desenvolvimento infantil e, consequentemente, na formação das próximas gerações. É onde se ampliam conhecimentos e se constroem valores. É lá que são absorvidos os primeiros ensinamentos da infância, muitos dos quais acompanham as crianças até a vida adulta. Por isso, quanto mais cedo forem introduzidos conceitos importantes de economia e finanças, por exemplo, melhor preparados estarão os cidadãos do futuro.
Para Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal 100% online, ensinar os pequenos desde cedo a serem atentos aos gastos é uma lição valiosa. “O hábito da mesada, sozinho, nem sempre faz o trabalho de conscientizar sobre custos. Mas o contato com o dinheiro, aliado a uma educação financeira formal, pode contribuir muito para uma educação financeira mais precoce. Se recebermos esses ensinamentos desde cedo, na escola e em casa, é mais provável que nos tornemos adultos que sabem usar o dinheiro e que terão mais jogo de cintura para lidar com imprevistos, porque nada disso vai ser novidade”, afirma.
Para celebrar este mês, a executiva traz quatro dicas de como aproveitar as festas juninas e contribuir para transmitir lições financeiras aos mais novos. Confira:
1- Entendendo os gastos
A partir do momento que a criança ou adolescente tem acesso a algum dinheiro, como uma mesada, é importante que ela passe a planejar com o que gastará a quantia, seja ela qual for. Pode-se usar um evento pontual como uma festa junina para desenvolver conceitos como preços do que está à venda nas barracas e dinheiro disponível. Peça que ele ou ela anote como pretende gastar e em quais lugares, para ter uma noção de quanto ainda terá para repetir algo que tenha gostado mais. O mesmo vale para a mesada e gastos durante a semana, para avaliar o que dá pra se fazer até o próximo “pagamento”. Essa atitude ensina a planejar e a enxergar os gastos de forma macro.
2- Responsabilidade
Thaíne aponta a importância de as crianças entenderem a responsabilidade que se deve ter com o dinheiro. Com a devida antecedência, na escola os professores podem falar sobre os preços das barracas, cálculo de troco, quanto cada um precisa ter para comer o que quer e participar das brincadeiras. A dinâmica pode mostrar aos mais novos que é preciso guardar um pouquinho todos os dias, para que seja possível aproveitar ao máximo a cantina da escola durante a semana, mas ter o suficiente para desfrutar do arraial quando a festa chegar.
“É comum que, tendo o poder de adquirir algo, elas não pensem duas vezes antes de gastar todo o dinheiro de uma só vez. Mas, se cederem ao impulso de gastar tudo que receberam, não poderão comprar mais nada até a próxima mesada. E tendo um evento planejado que vai acontecer antes da mesada seguinte os ensina a planejar, não agir sem pensar e ter responsabilidade sobre suas escolhas”, ressalta a executiva.
3- Paciência
Uma lição importante que podemos transmitir é que o hábito de receber a mesada envolve paciência. “Uma vez que eles têm em suas mãos o próprio dinheiro para gastar como preferirem, muitas vezes vão desejar algo que não podem ter com apenas um repasse da mesada. Assim, aprendem a ser pacientes ao poupar para atingir o valor necessário, repensar os gastos cotidianos, até mesmo compreender que quando participam de um evento que envolve gastos extras, até quanto do seu dinheiro acumulado estão dispostos a comprometer na festa, ou até mesmo refletir se realmente querem aquilo”, finaliza a executiva.
4 – Auxílio na escola
A educação financeira dentro da sala de aula pode fazer a diferença na relação da criança com as contas, no futuro. Um bom método para inseri-la na vida do aluno é fazer rodas de conversa sobre a importância do dinheiro e como administrá-lo, mesmo que seja só a mesada. Isso já é um bom começo para introduzir conceitos básicos de economia, para que o aluno compreenda a importância e as consequências de suas escolhas financeiras. Projetos sazonais, como uma festa junina, podem ajudar a tornar ainda mais interessante e palpável conceitos geralmente abstratos e mais difíceis.
Ela também pode ser integrada às disciplinas, como matemática e estudos sociais, proporcionando uma visão prática e aplicada dos conceitos aprendidos. Dessa forma, os alunos estarão melhor preparados para enfrentar os desafios financeiros do mundo real e tomar decisões conscientes que favoreçam o seu bem-estar a longo prazo.
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Daniela Albuquerque