Doenças respiratórias de inverno: pneumologista diferencia as mais comuns

Doenças respiratórias de inverno: pneumologista diferencia as mais comuns

19 de junho de 2024 Off Por Marco Murilo de Oliveira

O tempo mais frio facilita a transmissão de diversos tipos de vírus e bactérias, podendo causar doenças como gripe, pneumonia e as famosas ‘ites’

São Paulo, junho de 2024 – O dia 21 de junho, marca, oficialmente, a chegada do inverno no hemisfério Sul. E com a queda das temperaturas, chega também a temporada das doenças respiratórias. Segundo a Dra. Maria Enedina, pneumologista da Afya, as principais doenças respiratórias do inverno, independente do indivíduo ter alguma condição pulmonar específica ou não, são as infecções causadas por vírus, como gripe e resfriados, e por bactérias, como pneumonia e sinusite. O tempo frio faz também com que as pessoas fiquem mais tempo em espaços fechados, o que facilita a transmissão de diversos tipos de vírus e bactérias.

“Os ambientes fechados, com pouca ventilação, iluminação e a proximidade entre as pessoas, favorece a transmissão por vias respiratórias, especialmente das doenças causadas por vírus, que tem o poder de alta transmissibilidade. Por isso, é extremamente importante que a vacinação esteja em dia e as pessoas sigam alguns cuidados básicos, como usar máscaras se estão doentes, para proteger as outras pessoas, lavar bem as mãos, evitar contato físico, não fumar cigarros comuns e eletrônicos e manter certo distanciamento das outras”, complementa a médica. Ela também chama atenção para grupos específicos “naquelas pessoas que já têm DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), provocada pelo uso de cigarros, ou asma, os impactos das temperaturas mais baixas e da umidade são ainda mais intensos”, diz.

A Dra, Maria Enedina também esclarece as principais diferenças entre as doenças de inverno para facilitar a identificação e os cuidados imediatos.

As ‘ites’ – Sinusite, rinite, faringite: “Com a maior concentração de poluentes, poeira e fumaça no ar, é frequente que as mucosas sejam mais agredidas e aconteçam crises alérgicas no nariz. A rinite é uma inflamação que provoca uma crise alérgica na região do nariz. A asma, por sua vez, é uma doença inflamatória crônica que atinge os pulmões, em especial os brônquios. A faringite e a sinusite são ambas infecções que podem ser causadas por vírus ou bactérias e, apesar de parecerem uma simples alergia, elas inflamam a faringe e os seios da face”.

Pneumonias – “Como dito, a pneumonia pode ser viral ou bacteriana. Quando há uma mudança brusca de temperatura, de um calor intenso para o frio, as vias aéreas sofrem danos à defesas, aumentando o risco de infecções virais. O contrário também pode acontecer, saindo de ambientes mais quentes para lugares fechados com ar condicionado, no qual pode haver acúmulo de bactérias, causando a pneumonia bacteriana. Atenção especial à pneumonia nos idosos, pois podem não apresentar os sinais e sintomas comuns da doença, como tosse com secreção e febre alta. Trata-se de uma forma atípica, grave, de infecção nos pulmões, pois muitas vezes o paciente demora para procurar ajuda médica”.

Gripe/Influenza – “Ambientes fechados, onde as pessoas buscam abrigo para escapar do frio, são lugares muito propícios para a transmissão da gripe e da influenza, ambas com alta taxa de transmissibilidade, por espirro, tosse e contato direto das mãos em objetos comuns, como maçanetas e corrimões. Por isso, estar com a vacinação em dia diminui as chances de proliferação do vírus”.

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) – “Trata-se de uma doença relacionada à exposição a fumaças de cigarros, da queima de biomassa e indústrias. Com o ar seco e a inflamação de mucosas, há maior incidência da bronquite crônica (estreitamento das vias aéreas) e do enfisema (danos irreversíveis nos alvéolos)”.

Covid-19 – Mesmo sendo muito discutida nos últimos anos, ainda é possível confundir os sintomas do coronavírus com resfriados e uma gripe normal. Porém, na Covid-19, normalmente, há o aparecimento de quadro inflamatório da garganta, evoluindo para tosse seca, seguida de espirros, coriza, mal-estar, febre e fraqueza, além da diminuição do olfato e paladar em alguns casos. Já os resfriados podem ser diagnosticados com sintomas de mal-estar, espirros, coriza e obstrução nasal, febre, mas que, em geral, se tornam leves depois de 48 horas. E o quadro inicial da gripe se assemelha ao do resfriado, porém, o tempo do paciente sintomático é maior, tendo duração em torno de uma semana, podendo até levar à falta de apetite e à perda de peso”.

Sobre a Afya

A Afya, líder em educação e soluções para a prática médica no Brasil, reúne 32 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, sendo 30 com cursos de medicina e 16 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.203 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC) com mais de 20 mil alunos formados. Com 25 anos de atuação em cidades de pequeno e médio porte, a Afya é pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina. 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2023) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas) como porta-voz da ODS (Objetivos De Desenvolvimento Sustentável) 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em www.afya.com.br e ir.afya.com.br.

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