Movimentos sociais de Curitiba intensificam apoio a população de rua

Movimentos sociais de Curitiba intensificam apoio a população de rua

30 de julho de 2024 Off Por

A capital paranaense, sexta cidade brasileira com maior número de pessoas em situação de rua, recebe apoio para aprimorar atendimento com novas diretrizes 

CURITIBA, 29/07/2024 —  Movimentos sociais de Curitiba, a sexta cidade brasileira com maior número de pessoas em situação de rua, tem buscado maneiras de aprimorar o atendimento a essa população. Em dezembro de 2022, um levantamento realizado pela Coordenação-Geral de Indicadores e Evidências em Direitos Humanos e pela Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) registrou 3.477 pessoas vivendo nessa condição na cidade, representando cerca de 1,5% da população total.

Para enfrentar essa realidade, foram divulgadas novas recomendações para prestadores de serviços a pessoas em situação de rua (PSR), visando qualificar as abordagens e ações desenvolvidas. O objetivo é proporcionar aos Consultórios na Rua (eCR) um espaço de qualificação das ações e abordagens clínicas do processo de trabalho, melhorando o acesso da PSR aos serviços e a eficiência das equipes.

Leonildo José Monteiro Filho, presidente do Instituto Nacional de Direitos Humanos da População de Rua (INRua) e Coordenador Nacional do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) pelo Paraná, destaca a importância do processo de intervisão, baseado na experiência de formação e qualificação de profissionais de saúde proposta por Michael Balint. “O método é fundamental para criar um ambiente de colaboração e não de competição entre os participantes”, explica. 

O método consiste em três rodadas: na primeira, um profissional apresenta o caso com base em critérios definidos; na segunda, os participantes fazem perguntas para aprofundar o conhecimento sobre o caso; na terceira, são apresentadas propostas para o caso, que são discutidas e monitoradas nas intervisões seguintes.

Leonildo reforça que a intervisão é um ambiente de colaboração, facilitando a construção do trabalho em equipe a partir de diferentes pontos de vista. “Apresentar um caso na intervisão não significa fragilidade, mas confiança de que diferentes pontos de vista podem ampliar as competências de todos os envolvidos”, afirma.

O Instituto Nacional de Direitos Humanos da População de Rua (INRua) é uma organização da sociedade civil que atua na proteção e assessoramento da população em situação de rua. Seu objetivo é garantir os direitos fundamentais dessas pessoas, enfrentando todas as formas de violência e violação a que são cotidianamente submetidas. Para mais informações, acesse o perfil oficial do INRua no Instagram: @inruabrasil.

Enaira Schoemberger | P+G Trendmakers