Ribeirão Preto recebe alunos com deficiência visual na Exposição Terra Terreno Território no SESI

Ribeirão Preto recebe alunos com deficiência visual na Exposição Terra Terreno Território no SESI

10 de setembro de 2024 Off Por

No dia 13 de setembro, sexta-feira, a partir de 13h30, um grupo de alunos cegos, da Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto e Região (ADEVIRP), fazem visita guiada na exposição Terra Terreno Território, da fotógrafa e artista visual Dani Sandrini, em cartaz no Centro Cultural SESI Ribeirão Preto. Trata-se de adolescentes, a partir de 17 anos, que cursam o terceiro ano do Ensino Médio, além de jovens adultos em processo de alfabetização em braile.

Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto e Região, sediada em Ribeirão Preto, SP, atende 250 pessoas com deficiência visual, oriundas de mais de 40 cidades da região, chegando até o Sul de Minas Gerais. “Para a ADEVIRP, é uma alegria participar de eventos culturais na cidade de Ribeirão Preto. Nós, deficientes visuais, estamos sempre em movimento para sermos lembrados e podermos ocupar espaços acessíveis, e é isso que encontramos junto com o SESI. A cultura é fundamental para a formação do cidadão por completo, e eu, como fundadora desta casa, alegro-me em saber que portas estão sendo abertas para que pessoas como eu possam conviver na sociedade de forma plena e digna”, comenta Marlene Taveira Cintra, fundadora e presidente da instituição.

Terra Terreno Território – que fica em cartaz até o dia 29 de setembro de 2024 no SESI Ribeirão Preto, com visitação gratuita – conta com piso tátil, audioguia, nove obras táteis e dez com audiodescrição. A mostra é composta por cerca de 50 obras de temática indígena em dois agrupamentos fotográficos nos quais a artista utiliza duas técnicas artesanais de impressão fotográfica do século XIX, propondo uma reflexão sobre como é ser indígena em grandes cidades, no século XXI.

No primeiro agrupamento a impressão é feita em papéis sensibilizados com pigmento extraído do fruto jenipapo (que muitos indígenas usam nas pinturas corporais), em um processo chamado antotipia (técnica que utiliza pigmentos vegetais como material fotossensível na impressão). São 10 obras emolduradas no tamanho 50x75cm. Já no segundo, as imagens são impressas diretamente em folhas de plantas – taioba, singonio, helicônia, cará-moela, batata-doce, cúrcuma e guiné – pelo processo de fitotipia (nesta técnica, a própria clorofila é o agente para produzir a imagem). As próprias folhas abrigam as 40 fotografias em molduras que variam de 35x45cm a 100x100cm.

Ambos processos se dão através da ação da luz solar, em tempos que variam de três dias a seis semanas de exposição. Todas as imagens de Terra Terreno Território foram captadas, durante o ano de 2019, em aldeias indígenas da cidade de São Paulo, onde predomina a etnia Guarani, e também no contexto da metrópole, onde vivem indígenas de aproximadamente 53 etnias.

Com Terra Terreno Território a fotógrafa alerta para a necessidade de compreender a cultura indígena para além dos clichês que achatam a diversidade do termo. “A intenção é exatamente oposta: é desachatar, lembrar que muitos indígenas vivem do nosso lado e nem nos damos conta. Já se perguntaram o porquê de essa história ter sido apagada?”, comenta Dani Sandrini que, durante o projeto, fotografou pessoas de diversas etnias, oriundas de várias regiões do país, ora posando para um retrato ora em suas rotinas, suas atividades, seus eventos, rituais ou celebrações.

Dani Sandrini – Fotógrafa, educadora e artista visual radicada em São Paulo, Brasil, Dani Sandrini fotografa comercialmente desde 1998, e desde 2014 desenvolve projetos mesclando fotografia documental/imaginária com impressões artesanais ou experimentais. Em seu ttrabalho, tem estudado o entrelaçamento de materiais e suportes com as imagens fotográficas e a ação do tempo sobre elas. Dependendo do projeto e de sua singularidade, sua fotografia pode ser simplesmente tirada com câmera digital e colocada em papel ou telas, mas também pode conter outros elementos que acrescentem significado à imagem final, além de camadas extras de subjetividade. Dani tem experiência em processos fotográficos artesanais e desenvolve projetos utilizando tranferprint, pinhole, cianotipia, antotipia e fitotipia. Nos últimos anos, seu projeto terra terreno território, sobre os povos indígenas do século XXI, vem circulando por grandes cidades. Capturadas digitalmente em São Paulo, as imagens expostas são impressas em folhas de plantas e também com o pigmento natural extraído do jenipapo. Este projeto esteve em exposições nas seguintes localidades: São Paulo, Itapetininga, Campinas, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Amparo, Olinda, Chapecó (Brasil), Colômbia, França, Portugal e Índia.

Serviço

Exposição: Terra Terreno Território

Artista: Dani Sandrini

Temporada: 26 de abril a 29 de setembro de 2024

Horário: Quarta à sábado, das 11h às 20h, e domingo, das 13h às 19h.

Visita guiada /  Adevirp: 13 de setembro, sexta, às 13h30

Visitação gratuita. Classificação: Livre.

Acessibilidade: piso tátil, audioguia, obras táteis e obras com audiodescrição.

Agendamentos de grupos e escolas: enviar e-mail para jade.coelho@sesisp.org.br.

Centro Cultural SESI Ribeirão Preto

Local: Espaço Galeria

Rua João Ignacchitti, S/N – Jd. Castelo Branco.

Ribeirão Preto/SP |Tel.: (16) 3603-7300 | Site: ribeiraopreto.sesisp.org.br

Na rede: Instagram – @sesirpreto | Facebook – @sesiribeiraopreto.

Terra Terreno Território na rede:

Instagram – @terraterrenoterritório

Facebook – @Terra-terreno-território-408261089792472

VERBENA Assessoria