Órgãos com HIV: Polícia prende funcionária de laboratório envolvida em contaminação de transplantados

Órgãos com HIV: Polícia prende funcionária de laboratório envolvida em contaminação de transplantados

20 de outubro de 2024 Off Por

Agentes cumprem mandado de prisão e oito mandados de busca e apreensão relacionados ao caso de contaminação de pacientes transplantados

Redação Terra Redação Terra

20 out 2024 – 09h24
(atualizado às 09h28)
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Foto: Diário do Rio

Uma funcionária do Laboratório PCS Saleme foi presa neste domingo, 20, em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, por policiais civis da Delegacia do Consumidor (Decon).

Adriana Vargas dos Anjos é suspeita de envolvimento na emissão de laudos falsos que resultaram na contaminação por HIV de pacientes transplantados. A informação é da TV Globo.

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Na segunda-feira, 14, o técnico de laboratório Ivanilson Santos, que também foi preso, afirmou que Adriana teria dado a ordem para economizar no controle de qualidade. De acordo com a investigação, houve uma falha operacional no controle de qualidade usado nos testes, com o objetivo de diminuir custos. A análise de amostras deixou de ser realizada todos os dias, e passou a ser semanal.

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Outras duas pessoas também foram levadas para a Decon, e prestaram depoimento nesta manhã.

A Operação Verum cumpre 8 mandados de busca e apreensão neste domingo, 20. A ação tem o apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).

A defesa de Adriana não foi encontrada para comentar o caso.
Operação Verum

A primeira fase da operação policial aconteceu na segunda-feira, 14. Duas pessoas foram presas e outras duas se entregaram nos dias seguintes. Nesta sexta-feira, 18, a Justiça manteve a prisão temporária dos quatro funcionários do Laboratório PCS Saleme. A polícia analisa os documentos apreendidos.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) diz que os investigados já emitiram dezenas de resultados com falso positivo e falso negativo para o vírus HIV, inclusive em exames de crianças. Eles respondem a inúmeras ações de indenização por danos morais e materiais.

A conduta mostra que há indiferença com a vida dos clientes e da população, segundo o MP.

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) apura os falsos laudos emitidos pelo laboratório e instaurou um novo inquérito para investigar o processo de contratação da empresa.

Fonte: Redação Terra