Política de Investimentos 2024-2028 da BB Previdência prevê aumento das alocações em renda variável no Brasil e no exterior
5 de abril de 2024Após bater metas de rentabilidade nos últimos doze meses e acumular ganhos de 54,74% entre 2019 e 2023 em apuração consolidada, instituição projeta retornos entre 10% e 11% neste ano
A BB Previdência, uma das principais entidades de Previdência Fechada Complementar do País e que faz parte do conglomerado Banco do Brasil, anuncia mudança na estratégia de alocações de ativos, previstas em sua Política de Investimentos para o período de 2024-2028, que acaba de ser divulgada.
Após bater as metas de rentabilidade consolidada dos planos previdenciários que administra nos últimos doze meses até janeiro deste ano, que ficou em 12,25%, e acumular ganhos de 54,74% entre 2019 e 2023, a instituição prevê aumentar as alocações em renda variável no Brasil e no exterior.
As aplicações em renda variável no País poderão atingir cerca de 10% até um limite de 13%. Já as aplicações no segmento Exterior se aproximarão de até 9%.
“São segmentos de maior volatilidade, mas também com projeção de maior retorno diante das previsões de queda para as taxas básicas de juros, que devem impulsionar os investimentos em bolsas de valores”, explica Ricardo Serone Ribeiro Miranda, Diretor Financeiro e de Investimentos da BB Previdência.
O executivo observa que esses percentuais são válidos, particularmente, para os planos de Contribuição Definida, que representam cerca de 30% da carteira total da entidade.
Já para os planos de Contribuição Variável, a previsão também é de movimento similar, contudo em menor escala, diz Kliver Godoy, Gerente de Investimentos da entidade.
Ao final do ano passado, as alocações em renda variável no Brasil alcançaram 6,88% do total de ativos consolidados da instituição, de R$ 8,4 bilhões, enquanto no exterior o percentual ficou em 1,89%.
A renda fixa ficou com 81,62% do total, participação que tende a cair no período, diante da mudança estratégica. Entretanto, Godoy espera valorização dos ativos de renda fixa pré-fixados e atrelados à inflação.
Godoy ressalta, contudo, que o planejamento prevê alocações no prazo de cinco anos, porém, de acordo com as variáveis macroeconômicas e de mercado, se a BB Previdência vislumbrar outras oportunidades ou riscos indesejados, poderá alterar o plano, reduzindo ou ampliando a exposição, dentro dos limites previstos na Política de Investimentos.
A BB Previdência trabalha com uma expectativa de taxa básica de juros de 9% no Brasil ao final de 2024, e de início de queda na taxa de juros nos Estados Unidos, atualmente em torno de 5%, a partir de setembro, conforme expectativas de mercado.
Já o retorno consolidado para os planos que administra está estimado entre 10% e 11% neste ano, acima da meta prevista, de INPC + 4,10%.
Política de longo prazo
O novo planejamento faz parte da revisão anual da Política de Investimentos, sempre estabelecida para o prazo mínimo de cinco anos, ou seja, no longo prazo.
A alocação estratégica considera cenários com projeções das variáveis macroeconômicas e de mercado mais representativas dos ambientes doméstico e global dentro desse período, que vão direcionar as aplicações e permitir alterações de curto prazo, com a finalidade de aproveitar oportunidades e mitigar riscos, explica Serone.
A construção dos cenários de mercado, enfatiza o Diretor, é baseada em dados históricos e projeções atuais, como volatilidade histórica dos ativos, correlação histórica entre os ativos, previsão para taxas nominais e reais, e metas de rentabilidade do plano.
“Mudanças macroeconômicas podem tornar tais cenários improváveis e, nesse caso, a instituição poderá reavaliar as projeções e, possivelmente, as distribuições de alocação dos investimentos.”
Por isso, além das atualizações anuais da Política de Investimentos, que segue as regras de governança corporativa da entidade e das normas e limites estabelecidos por órgãos reguladores do mercado previdenciário, há revisões mensais e semestrais.
“Entre as variáveis macroeconômicas consideradas, estão taxas de inflação, taxas de juros, nível de atividade dado pela evolução do PIB (Produto Interno Bruto) e taxas de câmbio, que necessitam de acompanhamento e avaliações constantes para a alocação dos ativos entre os diversos segmentos de aplicação”, afirma Serone.
Serone destaca que, na aplicação dos recursos, são observados os princípios de segurança, rentabilidade, solvência, liquidez, adequação à natureza de suas obrigações e transparência.
Os investimentos em títulos emitidos por instituições financeiras, instituições não financeiras e as operações de crédito estruturado estão sempre baseados em grau de investimento, ou seja, em ratings estabelecidos pelas agências classificadoras de risco de crédito Moody’s, S&P e Fitch, seguindo as regras de governança corporativa da companhia.
Fatores ambientais, sociais e de governança
“A BB Previdência considera fatores ambientais, sociais e de governança (ASG) nas decisões de investimento, com o objetivo de gerar retornos sustentáveis a longo prazo, e busca investir, sempre que possível, em ativos financeiros e gestores que atendam a estes princípios. A instituição é signatária do Carbon Disclosure Project, a principal iniciativa do setor financeiro global relacionada à redução das mudanças climáticas, e busca, em conjunto com o gestor contratado, incentivar as práticas sugeridas por esta organização.”
A entidade tem ainda o Selo Carbon Free, que representa empresas que contribuem com a melhoria do ambiente urbano e qualidade de vida da sociedade por meio do plantio de árvores nativas nas regiões de atuação, com o objetivo de neutralizar as emissões de CO₂.
Sobre a BB Previdência
A BB Previdência, que faz parte do conglomerado Banco do Brasil, tem o propósito de realizar o sonho das pessoas com planejamento financeiro para um futuro mais tranquilo.
Ao longo dos últimos anos, a instituição tem investido em um contínuo processo de transformação digital, cujo objetivo é inovar e fornecer serviços com ainda mais excelência.
Fundada em 1994, a Entidade é uma das principais gestoras de previdência complementar do País, administra carteira com mais de 238 mil participantes e tem cerca de R$ 8,4 bilhões de ativos sob gestão.
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