Suspeita de matar empresário envenenado se entrega à polícia
5 de junho de 2024Júlia Cathermol se entregou enquanto a mãe e o padrasto prestavam depoimento; segundo a polícia, ela optou pelo direito de ficar em silêncio
Redação Terra Redação Terra
5 jun 2024 – 10h18
(atualizado às 11h16)
Compartilhar
Exibir comentários
Julia Andrade Cathermol Pimenta se entregou à polícia
Foto: Reprodução/TV Globo
Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, suspeita de matar envenenado o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44, se entregou à Polícia Civil na noite desta terça-feira, 4, no Rio de Janeiro. Ela era considerada foragida desde o dia 28 de maio.
Ao Terra, a Polícia disse que ela informou às autoridades por meio de sua defesa que iria se entregar. A piscóloga foi detida no bairro de Santa Teresa, na Região Central da cidade, e foi conduzida ao 25ª DP (Engenho Novo), onde optou pelo direito de permanecer em silêncio. A investigação segue.
Notícias relacionadas
Luiz Marcelo foi visto pela última vez em imagens da câmera do elevador com Júlia Foto: Reprodução
Amiga trocou mensagens com número de empresário envenenado quando ele já estava morto
Foto: Reprodução: Redes Sociais
Empresário envenenado com brigadeiro disse a amiga que iria se casar porque não tinha para quem deixar seus bens
Júlia Andrade Cathermol Pimenta aparece sorrindo em depoimento à polícia Foto: Reprodução/TV Globo
Suspeita de matar empresário riu durante depoimento após namorado ser achado morto
Segundo o jornal O Globo, ela chegou a unidade acompanhada da advogada Hortência Menezes e também do delegado Marcos André Buss, que chegou em uma viatura com a suspeita. Usava capuz cinza e máscara no rosto, e entrou no local de cabeça baixa, sem falar com a imprensa.
Júlia se entregou enquanto a mãe e o padrasto dela prestavam depoimento na delegacia. “Foi por isso que trouxemos a mãe e o padrasto dela [para a delegacia]. Imaginamos que iria ajudar na negociação para ela se entregar”, disse um investigador à reportagem.
Um homem que disse ser o atual companheiro da suspeita também compareceu à delegacia, mas não se dirigiu à imprensa.
Medidas cautelares foram pedidas pela Polícia Civil para detectar as movimentações financeiras de Julia, pois ela teria se apropriado de bens e dinheiro de Luiz Marcelo. Alguns bens da vítima foram recuperados, mas as armas legalizadas dele, levadas por Júlia no carro dele, ainda não foram localizadas.
Morte por envenenamento
O empresário foi visto pela última vez no dia 17 de maio. Imagens de câmera de monitoramento do elevador do prédio em que o casal morava, no Engenho Novo, mostram os dois juntos. Em uma das imagens ele aparece com um prato de brigadeirão nas mãos. Em outro momento, o empresário não aparenta estar muito bem.
Empresário envenenado tinha medo de casar por causa da divisão de bens, diz amigo da vítima:
Anúncio
ASSISTINDO
Empresário envenenado tinha medo de casar por causa da divisão de bens, diz amigo da vítima
Empresário envenenado tinha medo de casar por causa da divisão de bens, diz amigo da vítima
Homem a cavalo e motorista de ônibus brigam no trânsito em Goiás
Motorista morre após caminhão tombar na Serra de São Vicente (MT)
Deputados aprovam projeto para terceirizar gestão de escolas estaduais no Paraná; texto vai à sanção
Seu corpo foi encontrado três dias depois, em avançado estado de decomposição, quando vizinhos sentiram o mau cheiro vindo de seu imóvel e acionaram o Corpo de Bombeiros. A suspeita é de que ele tenha sido envenenado ainda no dia 17.
Ainda no dia 20, quando ocorreu o encontro do cadáver, Julia havia saído com malas e o carro da vítima do prédio onde moravam.
Remédio usado no crime foi comprado em farmácia
Um funcionário de uma farmácia prestou depoimento à Polícia nesta segunda-feira, 3, e afirmou que Júlia teria comprado com receita médica o medicamento usado para envenenar o brigadeirão dado a Luiz Marcelo. O remédio em questão foi o Dimorf, à base de morfina. A compra foi feita no dia 6 de maio, e teria sido usada na receita do doce, causando a morte do empresário.
Segundo o jornal RJ1, da TV Globo, o funcionário disse que a psicóloga saiu de um carro alto, prata, pelo banco do carona. Depois, entrou no estabelecimento e fez a compra do remédio. Os representantes da farmácia apresentaram à polícia um documento interno que comprova a compra de R$ 158 pelo medicamento. Eles prometeram levar a receita à delegacia em uma próxima oportunidade.
Participação no crime
A polícia prendeu Suyany Breschak por suspeita de participação no crime. A mulher se apresenta como cigana e teria ajudado Júlia a planejar o crime. Júlia teria uma dívida de R$ 600 mil com a cigana, por contratar seus trabalhos, e usaria os bens de Luiz Marcelo para pagá-la.
Suyany teria sido a destinatária de todos os bens que foram levados do apartamento do empresário por Júlia, como o carro, notebooks e armas legalizadas. Em depoimento, Suyany confessou que Júlia tinha uma dívida com ela.
A suspeita contratou os serviços da cigana para fazer amarrações e impedir que namorados e familiares soubessem que Júlia era garota de programa. Ela também teria feito “limpezas espirituais” a pedido da foragida.
+Os melhores conteúdos no seu e-mail gratuitamente. Escolha a sua Newsletter favorita do Terra. Clique aqui!
Fonte: Redação Terra