Empresário que atacou Zanin no banheiro de aeroporto é condenado a pagar indenização a ministro

Decisão é referente ao episódio que aconteceu em 11 de janeiro de 2023, no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília

Marcela Coelho Marcela Coelho

23 jul 2024 – 10h17
(atualizado às 10h22)
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Ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF)
Foto: arquivo

O empresário Luiz Carlos Basseto Júnior foi condenado pela 6ª Vara Criminal de Brasília a pagar uma indenização de R$ 10 mil por injúria ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi confirmada pelo Terra.

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A decisão é referente ao episódio que aconteceu em 11 de janeiro de 2023, no Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília, quando Zanin ainda atuava como advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O caso ocorreu três dias após os ataques à sede dos Três Poderes.
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Basseto Júnior encontrou Zanin no banheiro do aeroporto enquanto este escovava os dentes e chamou o advogado de ‘vagabundo’, ‘safado’, ‘bandido’ e ‘corrupto’. Na sequência, ele ainda fez ameaças: “Vontade de meter a mão na orelha de um cara desse […] Tinha que tomar um pau de todo mundo que está andando na rua”. Zanin não reagiu. Um vídeo do caso, gravado pelo próprio Basseto Júnior, foi publicado nas redes sociais posteriormente.

Na decisão, proferida no último dia 22, a juíza Mariana Rocha Cipriano Evangelista ainda condenou o empresário a quatro meses e 15 dias de detenção, mas ele poderá recorrer em liberdade.

A magistrada cita que Basseto Júnior “ofendeu gravemente a honra” do advogado. A juíza diz que, em interrogatório, ele confirmou ter sido o autor dos ataques ofensivos a Zanin e afirmou que sequer o conhecia, embora soubesse de que se tratava de advogado que atuava nos interesses do então Presidente da República.

“Os fatos narrados na queixa-crime e comprovados pela prova documental, além de confirmados pelo Querelado [Basseto Júnior], constituem clara ofensa à dignidade e ao decoro do Querelante [Zanin], atingindo a sua intimidade”, escreveu a juíza.

O Terra busca contato com a defesa de Luiz Carlos Basseto Júnior. O espaço está aberto para manifestações.

Fonte: Redação Terra